Esse Amor é responsável por equilibrar as duas Forças, o Yin e o Yang. O casamento destas duas Forças é o que nos faz seres plenos, capazes de sentir e acolher (Yin) e também capazes de realizar e concretizar (Yang).


A Força Feminina e a Força Masculina

Hoje de madrugada, vendo e sentindo o nevoeiro frio na mata que me remete aos contos celtas de magia, me lembrei do motivo que me fez voltar a morar nessa cidade. Não é um motivo racional, eu sempre gostei mais do calor, mas sinto que esse clima me coloca em contato comigo mesma, com a minha própria Natureza. E eu não sabia muito bem o porquê.
Mas estudando as forças das energias Yin e Yang, o Feminino e o Masculino, compreendi um pouco.
Entendi que por muito tempo na nossa história reinou o Sol, o Masculino, o Yang, trazendo pra Humanidade o patriarcado, a competição, a busca incessante por conquistar (seja lá o que for), as guerras.

O Desequilíbrio do Masculino

Nesse sistema tudo é muito lógico e racional, cartesiano, e o que não for explicado é como se não existisse. Nesse sistema tudo é colocado em linha reta ascendente, e assim devem ser as nossas vidas, o progresso, o sucesso, a realização. Seria tudo muito bom se não fosse um regime imposto que esmaga tudo o que não se parece com ele. Esse sistema desequilibrado nos fez acreditar que nossas singularidades são erros, que nossos erros são maus, que nossos ciclos são sujos, que nossas vidas só possuem valor pelo que produzem e somente quando produzem, que todas as variáveis devem ser controladas. Sentir é errado, chorar é errado, sonhar é errado. E então nos castramos das nossas loucuras e nos unimos ao rebanho. Tudo o que não se enquadrava nos padrões foi reduzido, oprimido, objetificado e infantilizado.
Então quem quisesse ser respeitado precisava copiar o arquétipo masculino, mesmo que isso significasse desrespeito a si mesma.

O Resgate da Força Feminina

Acontece que nos últimos tempos essa energia Masculina desequilibrada tem aos poucos perdido espaço para a energia Feminina, da Lua, Yin. A Força da Natureza, que cicla o tempo inteiro, que pulsa nas oscilações, que sente, ri, chora, e se aprofunda nas raízes de todas as coisas, que percebe as sombras e as vive, que é sinuosa e circular, como uma espiral sem fim.


Até agora isso pareceu tão impessoal… Mas… quem somos nós nessa história???

Bom, eu posso falar por mim. Quando eu era uma menininha lá no bairro do Bixiga em São Paulo eu era totalmente lunar, sensível, artística, altamente empática, romântica ao extremo, chorava nos desenhos do Pinochio pelas maldades que ele fazia com o avô Gepetto. Quando cresci um pouquinho, a escola deixava muito claro quais eram os conhecimentos reconhecidamente importantes, e aos poucos fui deixando aqueles ossos da sensibilidade enterrados nas areias e desenvolvendo cada vez mais a minha intelectualidade e o meu desejo de ser “bem sucedida” e entrar nas melhores Universidades do país. Não recebi nenhuma educação emocional, e acabei me sentindo mortalmente ferida nos jogos do coração. Acho que foi ali que eu passei a assumir de vez o lado Sol, Yang, a Guerreira, lutadora, sobrevivente (pelo exemplo da minha mãe), e coloquei definitivamente debaixo do tapete os devaneios e encantamentos. De alguma forma, a Espiritualidade que eu encontrei me ajudava a reforçar ainda mais o racional. Mas um dia os ossos escondidos começam a aparecer. E nos últimos anos, desde a chegada da minha filha, e meu nascimento como mãe, comecei a reencontrar a minha face Lunar.

A Face Lunar

Sim, ela dá medo, ela assusta, ela surpreende. E tem horas que parece que a gente não vai aguentar com tanto osso enterrado que começa a emergir. É como ver no espelho a face assustadora de Deus daquele trecho do Baghavad Gita. E não dá pra “desver”. Mas precisamos acolher em nós cada uma destas faces. Acolher nossa raiva, acolher nossos desejos, acolher nossas tristezas, acolher nossas angústias, e tudo tudo tudo o mais que vier surgindo. O Grande Segredo na verdade é manifestar nosso Amor Incondicional. Amar cada parte do nosso ser, e amar nossas mais variadas expressões e sensações. Abraçar a nós mesmas. Amar nossa raiva, nossas angústias, nossos desejos. Porque o que acaba surgindo e nos paralisando é o medo, e medo (não o ódio) é o oposto do Amor.

O Reequilíbrio

Sempre que o Medo vier, feche os olhos, respire conscientemente, e busque dentro de si o Maior Amor do Mundo. Acolha e abrace esse medo. E emane Amor.


Esse Amor é responsável por equilibrar as duas Forças, o Yin e o Yang. O casamento destas duas Forças é o que nos faz seres plenos, capazes de sentir e acolher (Yin) e também capazes de realizar e concretizar (Yang).


Estamos vivendo uma era revolucionária e, no futuro, seremos lembradas por essa transição. Cabe a cada um/uma de nós encontrar dentro de nós mesmos/as qual é o ponto a ser curado, o Feminino ou o Masculino, e nos curarmos a nós mesmos/as através do Amor.
Cada um destes desafios e condições está nos Acordos Espirituais que firmamos antes de nascer. Assim como a Cura destas feridas e o nascimento do Novo. Independente das particularidades de cada vida humana, estamos aqui pra encontrarmos nossa própria cura e vivermos a Plenitude do Amor.

Conheça mais sobre o meu trabalho clicando na imagem abaixo.

Giovanna Luz - Especialista no Método Acordos Espirituais

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